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MINICURSOS

1. Os provérbios africanos na roda de conversa da Educação Básica

Prof. Me. Auliam da Silva (PUC Minas / SEDUC-AM)*

Anna Amélia Oliveira Silva Pessoa (PUC Minas)**

Ao nos depararmos com diversas obras das literaturas africanas de língua portuguesa podemos perceber a presença quase que constante das sentenças proverbiais como elementos importantes na estruturação dessas obras. Os provérbios dizem respeito a um saber sapiencial cultivado e disseminado nas comunidades africanas, os quais são utilizados por autores como Mia Couto, Paulina Chiziane, Ungulani Ba Ka Khosa etc. no tecido narrativo, como estratégias discursivas que as personagens utilizam em diversas situações. Seguindo a proposta da lei 10.639/03, o escopo deste minicurso visa auxiliar os professores da educação básica acerca da presença proverbial nas literaturas africanas de língua portuguesa. Tais recursos tornam-se interessantes para se trabalhar na sala de aula, pois, os discentes, por meio da leitura e análise dos provérbios, dentro dos textos literários, poderão ter contato com a cosmovisão e ancestralidade africanas encenadas nas obras e, assim, conhecer mais sobre aspectos histórico-culturais das sociedades africanas. Para o estudo dos provérbios, analisaremos o romance Os sobreviventes da noite (2008), do escritor moçambicano Ungulani Ba Ka Khosa e, do ponto de vista teórico, utilizaremos as reflexões de Colombres (2000), Finnegan (2012), Obelkevich (1997) e Moreira (2024).

 

Palavras-chave: Literatura Moçambicana. Provérbios Africanos. Ungulani Ba Ka Khosa.

* Professor de Educação Básica, Mestre em Literaturas de Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) e Doutorando na mesma instituição. Membro do Grupo de Pesquisa África e Brasil - Repertórios Literários e Culturais, vinculado ao Programa de Pós-graduação em Letras da PUC Minas.

** Assistente Social, professora da educação básica. Mestranda em Letras pela Pontiíficia Universidade Católica de Minas Gerais. (PUCMinas)  com linha de pesquisa em Trânsitos literários: produção, tradução, recepção.

2. Nas margens do tempo: a ancestralidade na escrita literária de Mia Couto

Profa. Dra. Luciana Genevan Dias Ferreira (SEE-MG / SE-Juiz de Fora)*

Profa. Dra. Elaine Andrade (SEE-MG)**

 

O minicurso propõe o estudo de narrativas curtas de Mia Couto, escritor moçambicano, como O beijo da palavrinha (2006), O menino que escrevia versos (2009), e Inundação (2009), por meio de práticas de leitura literária que possibilitem o desenvolvimento do senso estético para fruição, legitimando a literatura como forma de acesso às dimensões lúdicas, de imaginário e encantamento, o que atesta o potencial humanizador da experiência por meio da arte, mas também evidenciando sua construção como resultado da encenação de valores e saberes locais. O público ao qual se destina essa abordagem pedagógica abrange professores e estudantes da educação básica, além de graduandos do curso de Letras e o público geral interessado nos debates sobre as literaturas dos países africanos, em especial, os de língua portuguesa. O objetivo geral deste minicurso é fomentar a formação do leitor literário por meio da obra de Mia Couto. E os objetivos específicos são analisar a forma de composição dessa tipologia textual e os elementos narrativos que a constituem, pautando a interpretação na ancestralidade como um operador de leitura. As atividades se desenvolvem em consonância com a Base Nacional Comum Curricular (2018) e com a Lei 10.639/2003 (BRASIL, 2003), intensificando a perspectiva analítica e crítica da leitura e escuta, além de alargar as referências estéticas que cercam a produção e recepção de discursos literários, ampliando as possibilidades de construção e produção de conhecimentos bem como de compreensão crítica (Brasil, 2018). Esta abordagem pedagógica se ancora em fontes teóricas que abrangem literatura e cultura com Ana Mafalda Leite (2003) e Benjamin Abdala Júnior (2004); fundamenta-se em pesquisas de Antônio Flávio Moreira e Vera Maria Candau (2003) sobre cultura escolar e currículo na educação básica; pauta-se em Laura Padilha (2007) ao abordar ancestralidade; ancora-se em Norbert Elias (1998) sobre a categoria tempo e em Hans Meyerhoff (1976) e Alexis Kagame (1975) sobre a categoria espaço.

 

Palavras-chave: Literatura. Educação Básica. Literaturas Africanas de Língua Portuguesa. BNCC.

* Professora na Educação Básica. Doutora em Literaturas de Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas). Membro do Grupo de Pesquisa África e Brasil - Repertórios Literários e Culturais, vinculado ao Programa de Pós-graduação em Letras da PUC Minas.

** Professora na Educação Básica. Doutora em Literaturas de Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas). Membro do Grupo de Pesquisa África e Brasil - Repertórios Literários e Culturais, vinculado ao Programa de Pós-graduação em Letras da PUC Minas.

3. Figurações da mulher em contos ocidentais e africanos

Profa. Dra. Terezinha Taborda Moreira (PUC Minas / CNPq / FAPEMIG)*

Houéfa Carine Chanceline Sobako (PUC Minas)**

Sara Izabela Alves Pereira (PUC Minas)

O presente minicurso propõe uma análise da figuração do feminino em narrativas tradicionais, comparando os contos de fadas ocidentais, como aqueles popularizados pela Disney, com contos africanos. A proposta busca explorar as semelhanças e diferenças na construção das personagens femininas em ambos os contextos, destacando como essas representações refletem normas culturais e estereótipos de gênero. Nos contos ocidentais, observa-se uma ênfase na juventude, beleza e, algumas vezes, na fragilidade das personagens femininas, que frequentemente desempenham papéis passivos e dependentes. Em contraste, os contos africanos apresentam figuras femininas que ocupam posições de liderança, sendo retratadas como mulheres fortes, em alguns casos, guardiãs do conhecimento e da tradição. Essa comparação permite questionar como as narrativas influenciam a percepção social sobre o papel da mulher. O minicurso será desenvolvido de forma interativa, incentivando os alunos a refletirem criticamente sobre os padrões de representação do feminino na literatura. O objetivo é proporcionar uma abordagem que valorize a diversidade cultural e promova uma leitura mais questionadora das histórias que fazem parte do imaginário sobre a mulher.

 

Palavras-chave: Contos africanos. Contos de fadas. Representações do feminino.

* Professora de pós-graduação em Letras da PUC Minas. Pesquisadora de produtividade de pesquisa II do CNPq. Pesquisadora da FAPEMIG.

** Licenciada do curso de letras Português/Inglês pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais; Membro do grupo de pesquisa África e Brasil; Professora-tradutora de Francês-Português e Português-Francês.

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4. Panorama da literatura de Guiné-Bissau: autores e obras

Prof. Me. Jardel Pereira Fernandes (PUC Minas / CAPES)*

Agostinho Gonçalves João (FHUAN – Faculdade de Humanidades da Universidade Agostinho Neto)**

Kamille Danielle Moreira Silva (PUC Minas)***

 

 

Este minicurso tem como proposta apresentar um breve panorama da produção literária de Guiné-Bissau, país africano de língua portuguesa. Pretende-se perfilar autores e obras de Guiné-Bissau. Propor-se-á a leitura oral e performática de alguns textos em poesia e em prosa, as quais permitirão abrir o debate crítico sobre as temáticas abordadas por eles. O diálogo entre estudantes de Pós-graduação, Graduação e da Educação Básica estará aberto, a fim de se construir novos caminhos para pensar o ensino de literatura nas diferentes esferas educacionais, contemplando, assim, o que está previsto pela Lei nº 10.639/2003 e pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC-2018). Docentes e discentes da Educação Básica, como primeira etapa dos processos educacionais, encontrarão um rico arcabouço de conhecimentos literários que os auxiliará nas práticas educativas em sala de aula. Nesta amostragem, pesquisadores africanos, terão a oportunidade de seguir considerando alguns dos escritores e obras literárias de Guiné-Bissau. As fontes teóricas que sustentam esta abordagem abrangem estudos sobre literatura e ensino com AMADO, Leopoldo (2013); AUGEL, Moema Parente (2007); COUTO, Hildo Honório do (2008); EMBALÓ, Filomena (2004); SEMEDO, Odete da Costa (2010); SILA, Abdulai (2002); BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC (2018).

 

Palavras-chave: Literatura guineense. Ensino. Educação Básica. BNCC.

* Professor de Educação Básica e do Ensino Superior. Mestre em Literaturas de Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC Minas. Bolsista Capes II. Doutorando pela PUC Minas. Membro do Grupo de Pesquisa África e Brasil - Repertórios Literários e Culturais, vinculado ao Programa de Pós-graduação em Letras da PUC Minas.

** Licenciado em Língua e Literaturas em Língua Francesa pela Faculdade de Letras da Universidade Agostinho Neto – FLUAN. Mestrando em Literaturas em Língua Portuguesa pela Faculdade de Humanidades da Universidade Agostinho Neto – FHUAN. Membro do Círculo de Estudos Literários e Linguístico Litteragris. Escritor e Crítico Literário. Professor de Literatura e Língua Portuguesa.

*** Graduanda do curso de Letras pela PUC Minas, pesquisadora FAPEMIG em literatura africana de língua portuguesa. Atualmente, integra o projeto "A construção de uma literatura menor na poesia de Odete Semedo", além de já ter participado dos projetos "Transcriação de cantos de mulheres Kalapalo" e "A natureza e a mulher na poesia de Ana Paula Tavares".

5. À volta da fogueira: encenações da memória em poemas de Paulina Chiziane

Cleonice Aparecida Machado de Freitas (PUC Minas/RME-Betim)*

Ana Vitória Silva (PUC Minas)**

 

Em ensaio famoso, Antonio Candido (2004) defendeu a literatura como um direito humano por entendê-la indispensável à nossa humanização. Em 2003, a Lei Federal n. 10.639 tornou obrigatória a inclusão, na educação básica, do ensino de história, cultura e literatura africanas, já que, em decorrência de sua colonização, o Brasil compartilha memórias com a África; mais especialmente com os países africanos de língua portuguesa. Contudo, apesar desse e de outros esforços, a implementação da lei não obteve o êxito esperado, e o direito à literatura permanece em segundo plano, como utopia. É para contribuir com a necessária mudança no estado das coisas que o presente minicurso propõe-se a oferecer, partindo do livro O canto dos escravizados, da escritora moçambicana Paulina Chiziane, uma sugestão de leitura de alguns poemas, que privilegie as diversas encenações da memória presentes na obra. O público-alvo são professores da educação básica e interessados em geral na literatura africana. Espera-se analisar, sobretudo, como a escritora (re)cria e encena as memórias do continente africano e da colonização, e quais as críticas feitas nesse processo; os impactos da colonização na constituição da subjetividade do africano; a abordagem da resistência nos poemas numa perspectiva que engloba passado, presente e futuro; como a poeta elabora, em seu texto, a  diáspora africana; o diálogo entre a literatura moçambicana e outras literaturas, e qual a leitura que Chiziane faz da África e do mundo atual. Para cumprir esse propósito, este minicurso se pautará no estudo da forma e do conteúdo de poemas selecionados, tendo em mente a lição de Adorno (1998), para quem “a forma é conteúdo sedimentado”. Nosso programa, com a respectiva base teórica, será o seguinte: Primeiro, desenvolver o conceito de encenação, usando Iser (2002). Em seguida, tratar do cenário da enunciação, recorrendo a Maingueneau (2016). Depois, abordar o tempo da memória, aproveitando os estudos de Meyerhoff (1976). Já para tratar das memórias coletivas e individuais, seremos amparados por Le Goff (1990), Pollak (1992) e Candau (2011). Por fim, no que tange à questão da subjetividade, dentre os muitos autores possíveis, trabalharemos com Fanon (1961) e Memmi (1977), cujos trabalhos são caros aos estudos da colonização.

 

Palavras-chave: Literatura moçambicana. Colonização. Resistência. Memória. Encenação.

* Professora da Educação Básica do Município de Betim; Mestra em Literaturas de Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) e Doutoranda na mesma instituição.

** Graduanda do curso de Letras (português/inglês) pela Pontifícia Universidade Católica de Minas; bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação á Docência (PIBID); membro do grupo de pesquisa África e Brasil – Repertórios Literários e Culturais.

6. Paisagens da infância na escrita literária de Luandino Vieira

Eliane Rosa de Góes (PUC Minas/Centro Universitário Adventista de São Paulo)*

Izabela de Souza Gomes (PUC Minas)**

A proposta deste minicurso é analisar as paisagens da infância em contos do livro A cidade e a infância, os quais foram produzidos na década de 50 do século XX, pelo escritor angolano Luandino Vieira. As narrativas que compõem essa obra são ambientadas em Luanda, cidade dividida entre asfalto e musseque, onde são desenhadas a infância e as tensões próprias da condição colonial. O lugar, espécie de metonímia de Angola, configura-se como fronteiriço, ladeado por multiplicidade de vozes e contradições, em que são deflagradas resistência à dominação e busca por alteridade. Nos textos, construídos com linguagem próxima à oralidade, vê-se, então, que os espaços não são cenários estáticos, mas possuem significados sociopolítico e ideológico. Esse minicurso tratará também das convergências entre os diferentes espaços e tempos e os sentidos que emergem daí, sem perder de vista as paisagens da infância. Essas abordagens terão como base questões-chave das obras: Pelo espaço: uma nova política da espacialidade (2008), de Doreen Massey; Teoria do romance II: as formas do tempo e do cronotopo (2018), do já bem conhecido Mikhail Bakhtin; e Espaço e lugar: a perspectiva da experiência (1983), de Yi-Fu Tuan.

 

Palavras-chave: Espaço. Tempo. Luandino Vieira. Literatura angolana.

* Doutoranda no Programa de Pós-graduação em Letras da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas). Professora do ensino superior no Centro Universitário Adventista de São Paulo, campus Engenheiro Coelho. Mestra em Literatura e Crítica Literária, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC SP).

** Mestranda e bolsista do CNPq no Programa de Pós-graduação em Letras da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas).

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7. Educação ética ambiental no romance A Louca de Serrano, de Dina Salústio

Profa. Me. Francisca Patrícia Pompeu Brasil (PUC Minas / CAPES)*

Daygla Vivyan Taborda (PUC Minas)**

 

O professor, ao trabalhar com textos literários em sala de aula, deve ter em mente a importância de levar o aluno a refletir sobre o objeto de conhecimento e a desenvolver uma melhor compreensão acerca da realidade em que está inserido. Nesse sentido, o espaço literário se apresenta como um dos mais propícios para o levantamento de questões acerca da degradação ambiental causada pelo progresso capitalista. A partir desses pressupostos, interessa-nos analisar o modo como o animismo africano se apresenta no romance A Louca de Serrano, da escritora cabo-verdiana Dina Salústio (1998). Nosso interesse é evidenciar diferenças entre a perspectiva animista africana e o discurso cartesiano ocidental no que diz respeito às propostas de interação entre seres humanos e meio ambiente. A escolha da obra se justifica pelos recursos textuais adotados, entre os quais, citamos: a criação de simbologias do feminino a partir de comparações entre mulher e natureza; o uso da ironia e humor, como forma de desabonar o pensamento cientificista; e as interações entre espaço e personagens. Tais estratégias, a nosso ver, possibilitam ao leitor um melhor entendimento sobre a necessidade de preservação da vida no planeta. Acreditamos que o pensamento animista africano pode ser abordado, no romance em questão, como um alerta para a urgente necessidade de se repensar os modos como nos relacionamos com o meio ambiente. Destarte, com o intuito de promover o ensino da história e da cultura africanas lusófonas, assegurado pela Lei nº 10.639/2003, este minicurso, destinado a professores do Ensino Médio, apresenta uma proposta de sequência didática, cuja finalidade é fazer uma abordagem temática e formal do romance A Louca de Serrano. A atividade proposta se divide em seis etapas: ativação de conhecimentos prévios; leituras compartilhadas de trechos do romance; levantamento de ideias e construção de conceitos; sistematização de conhecimentos; proposta de produção de texto opinativo, e organização de uma roda de conversa a partir de temas relacionados à degradação e preservação ambiental. Elegemos, como principais fontes de consulta, os textos: Literatura e Resistência, de Alfredo Bosi (2002); A comunidade terrestre, de Achille Mbembe (2024), Pedagogia do oprimido, de Paulo Freire (2005), Metamorfoses decoloniais: o inconsciente animista e transmutações como cosmovisão nas Literaturas Africanas, de Silvio Ruiz Paradiso (2024); e Reflexões provisórias sobre animismo, modernismo/colonialismo e a ordem africana do conhecimento, de Harry Garuba (2018).

 

Palavras-chave: Literatura. Resistência. Animismo Africano. Educação ambiental.

 

* Professora de Educação Básica. Mestre em Literatura Brasileira pela Universidade Federal do Ceará (UFC) e Doutoranda em Literaturas de Língua Portuguesa na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas). Bolsista CAPES/PDSE. Membro do Grupo de Pesquisa África e Brasil - Repertórios Literários e Culturais, vinculado ao Programa de Pós-graduação em Letras da PUC Minas.

** Graduanda do curso de Letras (português/inglês) pela Pontifícia Universidade Católica de Minas; estagiária do Centro de Estudos  Luso-afro-brasileiro (Cespuc); membro do grupo de pesquisa África e Brasil – Repertórios Literários e Culturais.

8. Tradição, modernidade e memória cultural na literatura de Guiné-Bissau

Luciana Silva (PUC Minas/SEE-MG)*

Sara Elizabeth Martins Ferreira Silva Pinto (SEE-MG)**

 

Este minicurso convida os alunos do Ensino Médio a explorar a riqueza da Literatura Africana de países de Língua Portuguesa, propondo uma reflexão sobre a intersecção entre tradição, modernidade e memória cultural e como estas temáticas se entrelaçam nas narrativas de escritores como Mia Couto, Odete Semedo e Pepetela. Através da análise de trechos literários, discussões e atividades interativas, os participantes irão buscar compreender como a oralidade, os mitos ancestrais e os desafios contemporâneos moldam as histórias e personagens dessas obras. O objetivo é buscar despertar o interesse dos estudantes para essa literatura plural e potente, conectando-o a questões sociais e culturais que dialogam com as vivências pessoais destes alunos.  O minicurso será um espaço de debate, proporcionando um espaço para aprofundamento e análise dessas produções literárias.

Palavras-chave: Tradição. Oralidade. Modernidade. Memória. Cultura.

​* Professora da Educação Básica. Mestranda em Literatura de Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), membro do  Grupo de Pesquisa África e Brasil- Repertórios Literários e Culturais vinculado ao Programa de Pós-graduação em Letras da PUC Minas.

** Mestra em Literaturas de Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais como bolsista CNPq. Graduada em História pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG). Graduada em Letras - Licenciatura em Português pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

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9. Memória, história e identidades femininas na escrita literária africana

Glaucimara Alves da Costa Vieira (Instituto Federal do Piauí – Campus Uruçuí)*

As mulheres africanas assumiram um significativo papel nos processos sócio-históricos de resistência ao colonialismo, na consolidação das independências, bem como, na consolidação das artes em geral, em especial, nas literaturas. Buscamos, neste minicurso, traçar um panorama, neste meio século de independência, da poesia e prosa feita por escritoras africanas de países de língua oficial portuguesa, mostrando como as autoras aqui selecionadas trazem o universo feminino como fio condutor de suas obras, além de redesenharem, em suas respectivas culturas e países, o papel social da mulher, protagonizando-as. Suas obras ajudaram, nesses 50 anos, não somente a projetar mundialmente as literaturas de seus respectivos países, mas a projetarem o universo feminino e seus desafios como forma de provocar discussões acerca da condição social da mulher em diversas culturas, posto que todas enfrentaram dilemas relacionados a sua condição de mulher (casamento, maternidade, formação, atuação social). Assim, conheceremos, ainda que, parcialmente, escritas literárias como Ritos de Passagem (TAVARES, Ana Paula, 1985); Desejos (DUARTE, Vera, 2003); Niketche: uma história de poligamia (CHIZIANE, Paulina, 2001); Entre o ser e o amar e as Cantigas de Mandjuandadi (SEMEDO, Odete, 2003; 2014) e Útero da casa, (LIMA, Conceição, 2004).

Palavras-chave: Literatura de autoria feminina. Poesia e Prosa africanas. Literatura Africana de Língua Portuguesa.

* Professora no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí – Campus Uruçuí. Mestre em Literatura pela Universidade Federal do Piauí (UFPI), doutorado em andamento em Literatura Africana de Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais – PUC Minas. Membro do Grupo de Pesquisa África e Brasil - Repertórios Literários e Culturais, vinculado ao Programa de Pós-graduação em Letras da PUC Minas.

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